Reaproveitamento de rejeitos da UIM e UIS resulta em retorno econômico para a cooperativa e colabora para a conservação do meio ambiente
Contribuir para o aumento da produtividade e rentabilidade dos seus associados, sem causar grandes interferências ao meio ambiente, é o propósito da Integrada. No campo, agrônomos e técnicos sempre recomendam aos associados o uso adequado das tecnologias de manejo e aplicação de produtos com o foco de conservar os recursos naturais. Na indústria, o reaproveitamento de resíduos tem dado uma aula de boa gestão de resíduos. Ação que só tende a crescer.
Na Unidade Industrial de Sucos (UIS), localizada em Uraí (PR), por exemplo, o reaproveitamento do bagaço da laranja no processo final de extração do suco tem revertido em recursos que voltam para o caixa da cooperativa. De acordo com o gerente da UIS, Paulo Rizzo, somente nesta safra, a indústria deve produzir 14 mil toneladas de bagaço de laranja.
Todo esse material é comercializado para produtores de gado de corte em confinamento e de leite. “A demanda está tão alta que temos todo o bagaço com entrega agendada até o final de setembro”, descreve o gerente. Rizzo afirma que, depois de prensado, o bagaço corresponde a 25% do peso da fruta. “Conseguimos entregar 100% de nosso residual”, completa Rizzo.
Na Unidade Industrial de Milho (UIM), a Integrada reutiliza os rejeitos para produção de energia por meio do biogás. Igor Beno Bourscheidt, gerente da indústria, explica que, para extração de 1 tonelada de amido, utiliza-se de 3 a 4 mil litros de água. “A UIM processa 100 toneladas de canjica por dia e 75 toneladas de amido por dia, a parti daí é possível calcular o volume de rejeitos”, explica.
Toda essa água vai para uma estação de tratamento localizada dentro do complexo industrial. Na primeira etapa, lembra Bourscheidt, é corrigido o PH do efluente. Com a degradação da matéria orgânica vegetal dentro do biodigestor, gera-se o biogás. “Os gases gerados nessa decomposição são: metano, sulfito e nitrogênio”.
O metano, observa o gerente da UIM, é canalizado para um gerador de capacidade de 240 quilowatts/hora. “Essa energia volta para ajudar na produção de amido, alimentando alguns motores do sistema, além dos motores do biodigestor”, observa. Além de devolver água limpa para a natureza, Bourscheidt afirma que, dentro das condições normais de operação, é possível gerar uma economia de R$ 40 mil reais para a indústria no mês.
Esse processo, completa Bourscheidt, atende os nossos pilares de sustentabilidade, ao qual transforma um resíduo em um produto acabado, gerando energia e economia para a cooperativa. “Essas economias originam resultados para a nossa unidade que, a longo prazo, acaba gerando mais empregos em nossa comunidade, o que atende ao nosso pilar social. E o mais importante de todos, é o pilar ambiental”, completa o gerente da UIM.
Foco na sustentabilidade
A Integrada quer ser referência no que diz respeito à produção sustentável. “A busca pela sustentabilidade está intrínseca no nosso negócio”, explica a coordenadora do departamento de sustentabilidade da cooperativa, Ana Lúcia de Almeida Maia.
“O processo de implantação da ISO 14000 possibilita a busca contínua de melhoria nos processos com o foco na obtenção de um o melhor desempenho ambiental, ou seja, fazer mais com menos”, observa a coordenadora.