Vazio Sanitário da Soja

O vazio sanitário da soja, este ano, está com novo formato que deverá aumentar a eficácia da medida sanitária contra a disseminação da ferrugem asiática nas lavouras de todo o estado.

Até a safra passada, o vazio sanitário era realizado num período único para todas as regiões do estado.  Nesta safra, o Ministério da Agricultura e Pecuária dividiu o Paraná em três sub-regiões, com datas diferentes para o início do vazio e para a semeadura da soja.

O objetivo foi respeitar os microclimas e os períodos mais adequados para o plantio da oleaginosa “acredito que dividir as regiões do estado vai trazer uma eficácia maior no controle da ferrugem asiática porque assim, a especificidade de cada região é respeitada”, comentou Marcelo Rossato Bersellini, agrônomo da Integrada.

O vazio sanitário é uma estratégia de manejo de período contínuo para reduzir a infestação da ferrugem asiática, considerada uma das principais ameaças para a produtividade da cultura.

Durante este período não é permitido cultivar, manter ou permitir a existência de plantas vivas de soja no campo.

Nos municípios localizados na região norte, noroeste, centro-oeste e oeste, o vazio sanitário começou no dia 2 de junho e se estende até o dia 31 de agosto. Para esta região, o plantio estará liberado a partir do dia 1 de setembro e termina no dia 30 de dezembro.

Nas regiões sul, leste, campos gerais e litoral do Paraná, entre os dias 21 de junho e 19 de setembro não é permitida nenhuma planta de soja no solo. A semeadura poderá ser feita no período de 20 de setembro a 18 de janeiro de 2025.

Entre as cidades do sudoeste do estado, o vazio sanitário começa no dia 22 de junho e segue até o dia 20 de setembro. A data de plantio foi definida entre o dia 21 de setembro e 19 de janeiro de 2025.

Recomendação

Em grande parte da área de atuação da Integrada, o vazio sanitário já começou.

O agrônomo Marcelo Rossato Bersellini reforça a importância dos cooperados estarem atentos nesse período, buscando, sempre, orientação para conter a ferrugem asiática “é fundamental que o produtor rural corresponda a essa medida sanitária. Os cooperados, devem também, procurar os técnicos da Integrada, para se informarem sobre o calendário do vazio sanitário e da semeadura da soja e, ainda sobre as ferramentas químicas que auxiliam no controle da doença”, destacou.

Bersellini lembra que a ferrugem asiática é causada pelo fungo Phakospora Pachyrhisi e seu principal dano é a desfolha precoce, impedindo a completa formação dos grãos, causando queda na produtividade.