A melhoria contínua dos processos em execução em toda a estrutura de operações da Integrada Cooperativa faz parte do planejamento estratégico estabelecido na campanha ROTA 843.
Desde 2019, a Integrada implementou um programa de incentivo a projetos que utilizam a metodologia de excelência Lean Six Sigma, com a finalidade de medir e analisar dados para resolução de problemas complexos, com intuito de evitar desperdícios, aumentar a eficiência e reduzir custos operacionais.
Desde o início da execução da metodologia, a Integrada ofereceu formação e capacitação de colaboradores como Green Belt – certificação Six Sigma – possibilitando uma introdução às ferramentas essenciais para a melhoria contínua dos processos.
Atualmente, 26 projetos já estão em andamento, em diversos setores da Integrada, com resultados que favorecem os cooperados, os colaboradores e a cooperativa: foram R$ 6 milhões líquidos que retornaram para a Integrada em forma de redução dos custos.
Durante a Convenção Integrada 2023, foram anunciados os colaboradores que atuaram em dois grandes projetos, que juntos, trouxeram um retorno de mais de R$ 1 milhão e 600 mil no ano passado. Cada integrante das equipes, responsáveis por este resultado, ganhou uma premiação em dinheiro.
“Essa premiação chega para incentivar quem cumpriu o desafio e atingiu a meta, superando as expectativas iniciais. Um empenho que faz a diferença para o cooperado e para a cooperativa. E o colaborador que se sente valorizado, se sente motivado para outros desafios. Todos ganham nesse movimento”, destaca André Galletti Junior, gerente de planejamento de desenvolvimento da Integrada.
Eficiência logística no Centro de Distribuição, em Ibiporã (PR)
Um dos projetos de destaque durante o ano de 2022 foi executado no Centro de Distribuição da Integrada, em Ibiporã (PR). Após levantamento de dados estatísticos e a listagem de problemas identificados, foi realizado o aumento da capacidade de transporte dos caminhões, a otimização da logística de entrega de defensivos, a utilização de energia renovável a partir de placas solares instaladas na unidade, e o uso de empilhadeira elétrica.
De acordo com o supervisor do CD Ibiporã, Prisno Faria, outras ações de melhorias foram colocadas em prática, para otimizar os processos. “Verticalizamos os armazéns, melhorando a nossa capacidade de estoque, sem necessidade de ampliações. Além disso, implementamos a operação 100% com empilhadeiras elétricas e a gás, deixando o processo ágil e eficiente”, conta Prisno.
Os novos processos seguidos pelos colaboradores do CD Ibiporã apresentaram resultados significativos. A otimização da armazenagem, do transporte e da entrega geraram um retorno para a Cooperativa na ordem de mais R$400 mil.
O projeto contou com a participação de colaboradores da matriz e do CD Ibiporã. Coube a João Carlos Cobres, analista de logística, os primeiros levantamentos estatísticos. “A partir desses dados, conseguimos identificar as situações mais urgentes a serem trabalhadas. Como sou economista por formação, foi gratificante colaborar com os números que revelaram as falhas nos processos”, explica Cobres.
Luiz Gustavo da Silva, analista administrativo, participou do início do projeto, estruturando as etapas de ações. Uma das medidas foi estabelecer um calendário de pedidos e entregas semanal.” Havia uma demora nas entregas porque as solicitações chegavam a qualquer momento. Os locais mais próximos acabavam sendo beneficiados. Com a padronização, os prazos de entrega se tornaram eficazes, e os cooperados são atendidos com agilidade”, aponta Gustavo.
O gerente de logística Itacir Nardino Junior, atuou como Champion, ou seja, um consultor que participa da organização, assegurando que a metodologia esteja de acordo com os objetivos da Cooperativa. “Pensamos primeiro numa redução de custos, e em ações de baixo investimento. Levantamos alguns problemas e implementamos pequenas ideias, que unidas, tiveram um impacto significativo para otimizar a entrega de defensivos agrícolas”, avalia Itacir.
Os colaboradores do CD, Ricardo Barbosa, assistente administrativo, Grazielle Persiguelo, assistente administrativo e Rafael Vanzo Raquel, analista administrativo, foram os alicerces dos projetos, trabalhando diretamente na execução e melhorias.
“Começamos ainda durante a pandemia e foi um grande desafio mudar o que precisava ser mudado. Mas a cada semana, a gente via o resultado, o que nos motivava a continuar”, relembra Rafael.
Para Ricardo e Grazielle, que tiveram a primeira experiência atuando em desenvolvimento e implementação de projetos, a melhoria dos processos proporcionou não só economia financeira, mas também de tempo e de esforços. “Agora, que conseguimos colocar em prática tudo que foi desenvolvido, ficou automático, simplificando nosso trabalho”, explica Ricardo.
Otimização da armazenagem em câmara fria, na Unidade Industrial de Suco, em Uraí (PR)
A comunicação mais eficiente foi uma das ferramentas utilizadas na Unidade Industrial de Sucos, em Uraí (PR), para reduzir os custos de armazenagem de produtos à espera da exportação. Foi a partir do acesso a informações estratégicas que a indústria conseguiu um retorno de R$ 1,2 milhão, resultado da economia em locação de armazéns.
“A nossa capacidade local na câmara fria é de 1.200 toneladas. Se a produção for maior e o produto ainda não tiver sido carregado, temos que pagar aluguel de um armazém terceirizado. E o custo é bem alto”, explica Josiane Caldeira de Oliveira, supervisora administrativa da UIS.
Para conduzir o processo de implantação da melhoria, Josiane uniu forças com o analista administrativo Éder Frank Barbosa, que tem experiência em demandas das indústrias e contribuiu anteriormente com projetos para a UIS. “Este é meu segundo projeto aqui na indústria de suco. No primeiro, conseguimos um retorno de R$ 300 mil e, agora, temos este resultado expressivo. O sucesso do trabalho passa principalmente por uma mudança na forma de trabalhar, na cultura organizacional e no despertar da sensação de pertencimento”, declarou Éder.
O Champion da equipe da UIS foi o gerente industrial João Victor Almado. “A orientação para a equipe sempre foi o de ter um olhar crítico sobre nossos processos. Muitas vezes estamos acostumados com o usual, o cotidiano. E esse foi o primeiro desafio, identificar qual situação poderíamos investir a nossa criatividade”, apontou João Victor.
Ana Paula Barizon Gonçalves, assistente administrativo, trabalhou em parceria com o operador de empilhadeira Edney Carvalho, na logística e mapeamento dos estoques da câmara fria. “Foi um período intenso de estudos, organização e modificações da nossa rotina. No final, me senti emocionada de ter chegado ao objetivo”, comemora Ana Paula.
“Estou orgulho por fazer parte desse projeto, ser ouvido e sugerir soluções”, disse Edney, responsável diretamente pela melhoria da gestão dos estoques e carregamentos.
“O resultado do trabalho aqui na UIS nos motivou a continuar. Temos no radar outras ações a serem desenvolvidas em breve, e muitos colaboradores já nos procuraram aqui no setor administrativo para contribuir com novas ideias”, finalizou Josiane.