O Globo Rural entrevistou o superintendente comercial da Integrada, João Bosco de Souza Azevedo, sobre a primeira ocorrência da geada no Paraná e os efeitos na cultura do milho. Azevedo avaliou o futuro da cadeia produtiva de proteína animal, que depende desse insumo no Estado. O programa foi ao ar no último domingo (18). Para assistir a reportagem, clique aqui.
SEGUNDA ONDA
Com a nova onda de frio, o Paraná sofre o segundo evento de geada em cerca de 20 dias. Desta vez, o trigo que entrou em fase de espigamento pode sentir as temperaturas abaixo de zero grau, em várias regiões. A cultura escapou da primeira ocorrência porque muitas lavouras estavam em desenvolvimento vegetativo.
Nas regiões onde a Integrada tem trigo semeado, produtores e agrônomos estão em alerta.
Na primeira geada deste inverno, entre 29 de junho e 01 de julho, o frio extremo atingiu duramente as lavouras de milho mais tardio.
O IDR-Paraná e o Simepar emitiram o alerta geada especialmente para a toda região cafeeira do estado, mas o serviço acaba informando, também, quem planta milho e trigo. O fenômeno climático que ocorreu nesta madrugada (19), está previsto para se repetir nas madrugadas desta terça (20) e quarta (21).
Para o café, os produtores que ainda não cobriram as mudas de até seis meses, devem providenciar essa proteção. Viveiros devem ser cobertos com plásticos e/ou aquecidos, se for possível. As medidas devem ser retiradas assim que passar a onda de frio.
Plantas com mais de seis meses e até dois anos devem permanecer com o chamado chegamento de terra na base do caule, feito antes da primeira geada que caiu. Essa proteção pode ser mantida até setembro, orientam os especialistas.
NÚMEROS OFICIAIS
O balanço oficial das perdas que as duas geadas provocaram nas lavouras do Paraná deve ser divulgado no fim do mês, pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab).