Começa o vazio sanitário da soja no Paraná

Começou essa semana e segue até o dia 10 de setembro, o vazio sanitário da soja no estado.

Nesse período os produtores rurais ficam proibidos de cultivar ou manter vivas plantas de soja no campo.

O objetivo é reduzir, durante a entressafra, a sobrevivência do fungo que causa a ferrugem asiática nas lavouras e, assim, diminuir a incidência da doença na próxima safra.

Wellington Furlaneti, gerente técnico da Integrada reforça a importância do vazio sanitário “essa é uma medida importante adotada pelo governo do estado para inibir o avanço da doença. No passado, já tivemos relato de vários produtores que registraram perdas significativas, devido a agressividade da ferrugem asiática”.

Furlaneti explica que a doença é causada por um fungo biotrófico, que sobrevive e se multiplica em plantas vivas, sendo uma espécie de parasita.

Esse período de extinção da planta, quebra o ciclo de desenvolvimento da doença “o vazio sanitário da soja é uma medida muito eficaz e precisa estar ligada a outras técnicas de manejo. O produtor deve respeitar esse período e buscar sempre o acompanhamento da lavoura por um profissional habilitado para fazer as orientações necessárias”, pondera.

O gerente de Sanidade Vegetal da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (ADAPAR), Renato Rezende Young Blood ressalta que todos os locais que possam conter plantas vivas de soja devem ser monitorados “além das lavouras que estão em pousio, os cultivos de inverno, como trigo, aveia e cevada, também devem estar sob vigilância para o efetivo controle de qualquer planta que possa aparecer”, diz.

Para as áreas em beiras de rodovias e estradas de acesso às propriedades, a orientação é a mesma. Elas devem ser inspecionadas e deverá ser feita a eliminação da planta, caso a soja seja detectada.

A ferrugem asiática é a principal doença da soja, é causada pelo fungo Phakospora Pachyrhisi. Seu principal dano é a desfolha precoce, impedindo a completa formação dos grãos, causando queda na produtividade.

A doença foi diagnosticada pela primeira vez no Brasil em 2001 e devido à facilidade de disseminação do fungo pelo vento, a doença ocorre em praticamente todas as regiões de soja do país.

A produção de soja no Paraná alcançou 22,34 milhões de toneladas na safra 2022/2023. Foi o maior registro da história do Paraná.

Na área de atuação da Integrada, a produção de soja alcançou números expressivos. A cooperativa recebeu 27 milhões de sacas nessa safra.