Integrada realiza visita técnica em Indústria de sucos no interior de São Paulo 

Equipe foi conhecer o processo de secagem do bagaço da laranja, em Araras –SP 

Em São Paulo, as indústrias de suco incorporam, no processo de fabricação, a secagem do bagaço da laranja como alternativa de destinação dos grandes volumes processados. 

Para resolver o problema de armazenamento, as fábricas paulistas realizam a secagem do bagaço e a peletização – processo de transformação de materiais farelados em pellets ou grânulos, por meio de um tratamento térmico e de pressão. Foi este processo que uma equipe da Integrada Cooperativa Agroindustrial foi conhecer em Araras, no leste paulista. A visita foi realizada na Sucorrico, empresa que produz suco concentrado e congelado para exportação.  

Equipe da Integrada em visita a Sucorrico, em Araras/SP

Na indústria, a equipe acompanhou o tratamento do bagaço, que passa pela retirada do excesso de óleo das cascas (D-Limoneno), secagem em tambores e a prensagem para a transformação em pellets. 

O gerente da Indústria de Suco da Integrada, Paulo Rizzo, explica que a Integrada não realiza ainda a secagem por conta do volume de produção, que é menor que das indústrias paulistas. 

“Para se ter uma ideia, nós temos na nossa indústria em Uraí seis extratoras de suco. As indústrias de estruturas médias e grandes em São Paulo tem de 60 a 90 extratoras. Por isso mesmo lá é necessário ter o processo de secagem”, frisa Rizzo. 

A Integrada destina todo o bagaço para alimentação de gado de corte na forma de “volumoso”, rico em fibras.  “Esse volume que produzimos, nós escoamos tudo, sem nenhum problema. Por isso, até hoje, não optamos pela peletização do bagaço”, completa Rizzo. 

A capacidade plena da UIS (Unidade Industrial de Suco da Integrada) é de 2 milhões de caixas, que resultam em torno de 22 mil toneladas de bagaço com umidade de 72%, por operação anual. 

“Nós tratamos o bagaço com óxido de cálcio (cal virgem), para neutralizar a pectina, permitindo a prensagem e extração do óleo da casca. Apesar de não termos a necessidade da secagem do bagaço, é importante conhecermos o processo para aplicações futuras, caso haja demanda”, conclui Rizzo. 

A visita contou com a presença do pesquisador do Senai de Telêmaco Borba, Wagner Scheidt, que mantém parceria com a Integrada para desenvolvimento de novos projetos. “O processo de secagem apresenta o potencial de gerar um novo produto, com maior valor agregado que o bagaço úmido. Como nesta etapa a água é removida do material, o transporte fica mais viável, aumentando seu shelf life (prazo de validade) e possibilitando conquistar outros mercados, pela maior facilidade de armazenagem e de logística”, explica Scheidt. 

André Galletti Jr., gerente de planejamento e desenvolvimento da Integrada, avaliou a visita como promissora.” Visitar estruturas como a Sucorrico nos permite identificar as boas práticas do mercado e fortalecer nossos projetos estratégicos, aumentando a geração de resultados para o planejamento estratégico da Integrada”, finalizou.