Nos caminhos da excelência – Atitudes Integradas colhem engajamento e melhorias

O Programa Atitudes Integradas, com foco na gestão das unidades, busca estimular os colaboradores a adotarem as melhorias implantadas nos processos e, ao mesmo tempo, ser um canal de eco para comportamentos pró ativos.

A coordenadora de sustentabilidade da Integrada, Ana Lúcia de Almeida Maia, esclarece que “o programa é sustentado pelos 7S, sete atitudes que têm o objetivo de contribuir para a satisfatória gestão das unidades de negócios da cooperativa, no que diz respeito a quesitos administrativos e operacionais”.

Os 7S são as iniciais de sete palavras japonesas – Seiri (utilização), Seiton (ordenação), Seiso (limpeza), Seiketsu (saúde), Shitsuke (autodisciplina), Shikari Yaro (cooperação), e Shido (compartilhamento).

A gestora acrescenta que, no “guarda-chuva” da sustentabilidade está a padronização de ações e métodos. “É indispensável que a cooperativa tenha um modelo de gestão claro e focado, que transmita segurança ao colaborador, e, por consequência, ao cooperado e ao público externo. Por essa razão, é preciso aperfeiçoar os processos de forma permanente”, afirma Ana Lúcia.

O papel do líder

Nesse contexto, os gestores são considerados o elo entre os protocolos da cooperativa e os colaboradores. Cabe aos gestores despertar a interação entre a equipe, para que todos sintam-se valorizados, e respondam com atitudes positivas e engajadas.

Na regional Mauá da Serra, no norte do Paraná, havia um grande desafio. Como multiplicadora do Atitudes Integradas na unidade, uma das atribuições da assistente de relacionamento, Rosana De Godoy, é identificar junto ao time as não conformidades e checar as ações corretivas. “Havia alguma resistência, mesmo com meus esclarecimentos”, relata.

O gerente da regional, André Yokota, decidiu reunir os colaboradores em um grande encontro. “Antes, fizemos um levantamento dos procedimentos pendentes. Na reunião, abrimos espaço para que os colaboradores apresentassem as dificuldades em adotar as melhorias. Foi muito produtivo, porque eles se sentiram ouvidos e recebemos muitas sugestões. Como resultado, as mudanças foram implantadas. E, entre as novas ideias que recebemos, algumas já foram executadas”.

O supervisor administrativo da regional, Fabiano Aparecido Bueno, recebe os relatórios de Rosana e observa que as mudanças estão refletidas nos documentos. “A solução de pendências ligadas à sustentabilidade é indispensável para a segurança e bem-estar de todos, e garante o atendimento às fiscalizações dos órgãos regulamentadores. Outro ganho foi confirmar aos colaboradores que eles têm as portas abertas e são ouvidos”, destaca Fabiano.

Simples grandes ideias

Entre as melhorias sugeridas pelos colaboradores, está a execução do projeto original de um reservatório móvel para recolhimento do lixo nos armazéns da unidade. A tarefa ficou mais ágil, é realizada por apenas um colaborador, e diminuiu a quantidade de sacos de lixo utilizados.

O assistente administrativo, Rodrigo Velho, observou que vários sacos de lixo eram usados a cada dia, já que os espaços precisam ficar organizados e livres de sujeira, em cumprimento a normas ambientais. “A ideia foi fazer uma base com rodas e fixar um tambor sobre ela, para facilitar a coleta do lixo. Também, foi adaptado um apoio para que o colaborador empurre com facilidade o tambor móvel. Nosso gerente aprovou o projeto. Hoje, o lixo é recolhido nesse tambor. Sem esforço, apenas um colaborador leva o lixo para os bags, bolsões próprios para esses resíduos”.

E, para aperfeiçoar ainda mais o setor, o operador de máquinas, Natan Moura, sugeriu a aquisição de uma varredeira industrial. Três pessoas usavam vassouras para executar o serviço. O próprio Natan lista os benefícios do equipamento, “basta um colaborador, que percorre os armazéns de forma prática, sem esforço e em menos tempo. E, o carrinho evita poeira no ambiente, o que contribui para a saúde de todos, além de ser ergonômico, porque a pessoa trabalha com a coluna reta. Fico feliz em saber que contribuí para a redução de custos e para agilizar a tarefa de todos”, afirma Natan.

Jhonata Toreli, que atua na função de balanceiro, acrescenta que houve um mutirão para reforma e pintura da UR – Unidade de Recebimento de Mauá da Serra. “Também fizemos a manutenção dos secadores e elevadores, foram reparadas placas de sinalização e instaladas novas placas, especialmente a que alerta para a rede de alta tensão. Ficamos satisfeitos em ver tudo organizado”, comenta.

A união e o engajamento da equipe renderam, ainda, a validação da necessidade de investimentos que podem facilitar as rotinas diárias. “Eles mostraram evolução no nível de sinergia do time”, observa o gerente André. 

Para o encarregado da UBS – Unidade de Beneficiamento de Sementes de Mauá da Serra, Hailton José dos Santos, o programa Atitudes Integradas despertou a equipe para a importância da união e do engajamento em benefício de todos. “Eles se sentem parte da cooperativa, contribuem com ideias, se oferecem para organizar os locais de trabalho, é muito bom. O pátio está sempre limpo, os bags de grãos dobrados e amarrados, as pilhas de lenha são controladas, trocaram as placas de alerta nos espaços confinados, plantaram grama, espalharam pedra brita para melhorar o estacionamento. Acredito que a postura deles contribuiu para a certificação GPTW da Integrada, de um Excelente Lugar para Trabalhar”, comemora Hailton.

Rodrigo Barbosa, supervisor da UR, declara que a maior integração dos colaboradores “transformou o ambiente de trabalho em um local mais amigável e favorável”. Ele complementa com uma avaliação positiva sobre a rotina da UR, “que está mais organizada e criteriosa”.

Time Integrada em Mauá da Serra, estímulo das lideranças gerou engajamento e melhorias para o time.

Rosana conta que o comprometimento dos colaboradores foi positivo também para o trabalho dela. “Todos estão muito receptivos ao check list, que é o levantamento de dados e registro com fotos. O material é importante para a elaboração do relatório e publicação no aplicativo Quality Storm, que reúne informações sobre conformidade. Estou muito mais motivada”.

Gestão eficiente e ganho ambiental

A evolução do controle do estoque da lenha que alimenta as fornalhas e a caldeira da Integrada merece um relato mais detalhado. O insumo é fundamental para a geração da energia que ativa os secadores de sementes, nas três UBS e em vários equipamentos na UIM – Unidade Industrial de Milho, em Andirá/PR. O moinho usa a energia da lenha para o processo de separação do gérmen da canjica e para a extrusora. Já a fábrica de amido e proteína usa vapor em todo seu processo.

A boa gestão do estoque evita a falta de lenha, além de otimizar o gerenciamento de custos, com compras nos momentos e volumes certos. Ainda, se queima a lenha que está há mais tempo no estoque, portanto, mais seca, indicada para a adequada eficiência energética, com a quantidade ideal do insumo. Lembrando que lenha “verde”, ou seja, úmida, tem queima irregular e lenta, o que exige mais lenha. Além disso, a madeira úmida emite mais cinzas no meio ambiente, e compromete a qualidade do produto final, que fica com cheiro de fumaça.

A lenha rachada é sinal de que está no ponto para alimentar a caldeira. A madeira seca gera a energia adequada para ativar os equipamentos movidos por calor e vapor, nas UBS e na UIM da Integrada.

Na UBS de Mauá da Serra, uma visita ao estoque de lenha revela as pilhas bem formadas e organizadas por data de recebimento. Cada pilha tem um registro fixado. A disposição das toras nas pilhas também foi estudada, para reduzir a umidade e facilitar a remoção.

A UIM, em Andirá, passou pelo mesmo processo de aperfeiçoamento no estoque da lenha. O técnico ambiental da unidade, Júnior César da Silva, conta que a indústria está em processo de implantação da ISO 14001, referente a conformidades ambientais. “Estamos em busca de melhorar os processos e reduzir custos, metas alinhadas, inclusive, com o planejamento estratégico 2021-2025 da Integrada, a ROTA 843”.

Na UIM, houve um levantamento de cada etapa, da compra à queima da lenha. Foram revistas as capacidades das gaiolas e dos carrinhos que transportam o insumo, pois, o controle dos volumes para queima se baseia nesses meios. Assim como em Mauá da Serra, também foi adotada a ideia da placa de registro em cada pilha, com a data de chegada e numeração. A retirada é feita em rodízio, conforme os tamanhos “metrinho” e “metrão”, para favorecer a secagem uniforme da madeira, nas pilhas. Até o tempo de queima é monitorado.

Os operadores Claudinei Aparecido da Fonseca, Diego de Jesus Pereira, Fábio Henrique da Silva, Jeferson Santana David, Lucas Fernando Mathias, Márcio Aparecido da Cunha, Matheus Sebastião Antonio e Paulo Aparecido da Silva afirmam que, com o processo ainda mais organizado, reduziu o número de vezes que precisam alimentar a caldeira, o que demanda menos esforço. “Com a lenha seca, a pressão da caldeira se mantém constante e isso garante o bom desempenho dos equipamentos que são ativados pela energia gerada pelo calor”, reforça Claudinei. Diego observou que “ficou mais fácil controlar a retirada de lenha das pilhas”. Para Márcio, “com o sistema de rodízio, é sempre a madeira seca que vai para a queima”.

Para os operadores da UIM, responsáveis por alimentar e controlar a caldeira, a atividade ficou ainda mais organizada com as mudanças implementadas através do Atitudes Integradas. Junto, a coordenadora de sustentabilidade da cooperativa, Ana Lúcia de Almeida Maia, e o técnico ambiental da UIM, Júnior César da Silva.

Vanderson Campos de Bulhões, gerente da UIM, afirma que “o comportamental é que gerencia toda a estrutura, não basta ter as ferramentas. A implementação da ISO 14001 e do Programa Atitudes Integradas trouxe mais confiabilidade aos processos, pois sabemos que os estoques online refletem os estoques físicos. E, o controle das informações, dados e processos está mais dinâmico. A lição é espelho para outros procedimentos, com certeza”.

Ana Lúcia destaca a eficácia da ação dos gestores para o sucesso do Programa Atitudes Integradas. “Garantir o engajamento dos colaboradores significa um avanço importante na busca por conformidade, padronização e sustentabilidade. Cada unidade tem suas especificidades, inclusive humanas. Mais do que ações isoladas, toda a equipe engajada representa a condução assertiva do gestor”.

André Yokota manifesta o orgulho em colaborar para que “todos pensem como equipe e no bem-estar comum. A mudança positiva de cultura deixa a responsabilidade com todos mais leve e gratificante”.

Para o gerente de relacionamento empresarial da cooperativa, Marcelo Volpe Peluso, o programa Atitudes Integradas “dá suporte na busca por pontos de melhoria e ajuste dos processos especialmente ligados às questões ambientais, e evita sanções pela fiscalização oficial. Além disso, o bom uso dessa ferramenta de gestão representa a união dos colaboradores em benefício de todos”.

Para o superintendente industrial e de operações da Integrada, Igor Beno Bourscheidt, o programa Atitudes Integradas se soma às ações voltadas para a otimização das regionais e das indústrias da cooperativa. “A busca pela conformidade contribui para a redução de custos, conservação dos equipamentos e organização das unidades. A reorganização do estoque de lenha é um case excepcional para comprovar como a união e sinergia entre os colaboradores produz resultados reais e eficazes”.